Conheça mais da trajetória literária do autor.
"A gente não cresceu. Meio que se perdeu no meio do caminho. Não tem muito o que fazer. Cadê nossos gênios?" (O que disse o Imperador)
Bernardo Evangelista Lopes (nascido em 30 de março de 1988) é um escritor, agente cultural, professor, tradutor e revisor mineiro. É o atual presidente da Academia de Ciências e Letras de Sabará, onde ocupa a cadeira de número 17.
Nascido em Sabará, Minas Gerais, filho da professora de português e literatura Virgínia Evangelista e do metalúrgico Geraldo Lopes, Bernardo viveu a maior parte de infância no bairro Siderúrgica, até a família se mudar para o centro da cidade em 1995.
Passando por escolas públicas e particulares, começou a escrever na quarta série do ensino fundamental (hoje, sexto ano), elaborando narrativas ficcionais — com forte pegada humorísticas — que envolviam seus colegas de classe e a si próprio.
Sua então professora, Renata Maria, encorajava-o a ler os textos diante da turma. Vendo que as histórias de Bernardo envolviam e agradavam a todos, arrancando risadas, Renata estimulou Bernardo a continuar escrevendo, dizendo-lhe que, um dia, poderia publicar um livro.
Apesar dos primeiros escritos, Bernardo não era afeito à leitura. Isso só mudou por volta de seus 12 anos, com o lançamento do primeiro volume da série Harry Potter no Brasil. Instigado pela narrativa daquele que se tornou sua primeira leitura completa, Bernardo se tornou fã aficionado do universo Harry Potter, enredando pelo caminho das fanfics. Chegou a escrever uma sequência para o quarto livro de J. K. Rowling durante o hiato entre O Cálice de Fogo e o volume seguinte da saga, na época ainda sem título e sem previsão de lançamento no Brasil.
Aos 14 anos, inspirado pela mitologia anglo-saxônica, por Harry Potter e por Senhor dos Anéis, Bernardo chegou a escrever uma saga de pequenas novelas medievais chamada Histórias para Dragão Dormir. Descobriu, então, a literatura do gêneros adultos de horror e suspense ao ler O Iluminado, de Stephen King, uma verdadeira virada de chave no seu processo criativo. A leitura dos clássicos de King influenciou Bernardo a escrever seu primeiro romance, antes mesmo de completar 16 anos de idade. Pastiche não intencional dos filmes de desastre e de suspense hollywoodianos, o romance T-große chegou a ter duas versões — a segunda, rebatizada de Resgate — e já continha características que viriam a marcar o estilo de Bernardo, mais especialmente em O que disse o Imperador, seu primeiro livro a ser publicado, dez anos depois: a alternância nos pontos de vista; a inserção de textos de outros gêneros em meio à prosa, incluindo trechos em formato de roteiro de cinema e recortes fictícios de jornal; e entrelaçamento de letras de música com a narração.
Bernardo ainda escreveu alguns contos e iniciou mais de cinco romances, todos inacabados, antes de entrar para a faculdade, aos 20 anos.
A intenção inicial de Bernardo Lopes era prestar vestibular para Cinema. Alertado pela professora de espanhol do ensino médio, Luciana Seixas, Bernardo descobriu que o curso não estava disponível na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), apenas em faculdades privadas. Bernardo ouviu o conselho da professora a prestar Letras, onde poderia focar num estudo literário que o tornaria um melhor escritor e roteirista, como ele sonhava em ser.
Entre 2008 e 2009, morou na cidade de Lake Buena Vista, nos Estados Unidos, trabalhando para a Walt Disney Company em Orlando, na Flórida. Retornando para o Brasil, Bernardo foi bolsista do CNPq e formou-se bacharel em Estudos Literários em 2013. Tanto em sua pesquisa de iniciação científica quanto em sua monografia, debruçou-se sobre o tema da Literatura de Testemunho, com foco em narrativas pós-traumáticas, passando por textos importantes da literatura estadunidense como The Sovereignty and Goodness of God: Being a Narrative of the Captivity and Restoration of Mrs. Mary Rowlandson (1682), Precisamos falar sobre o Kevin (2003) e O Apanhador no Campo de Centeio (1951), sob a orientação da Profa. Dra. Marli de Oliveira Fantini Scarpelli.
Antes, porém, da conclusão do curso, Bernardo Lopes formou um grupo de escrita criativa com outros colegas de universidade, incluindo Túlio Magno de Oliveira Resende, Maíra Marcondes Moreira, Laura Cohen, Marcelo Diniz, Ana Júlia Rodrigues, Tereza Alves e Vitor Brauer, entre outros. Durante os encontros nos prédios da FALE e da FAFICH, desenvolviam estratégias narrativas, escreviam textos, apresentavam e liam para os outros seus contos, esmerando as habilidades de escrita e de crítica literária. Chegaram a escrever, em grupo, uma releitura do romance de Marquês de Sade Justine, ou Os Infortúnios da Virtude (1791).
Nesta época, Bernardo já lecionava inglês numa escola de línguas de Sabará e esboçava o que viria a ser seu primeiro romance publicado, O que disse o Imperador.
Em 2013, Bernardo foi um dos vencedores do concurso literário “Engrena – Escritores sabarenses com menos de 30 anos”, organizado pelo coletivo Fórceps, de Sabará, com o conto de guerra “Golpe de Sorte”, hoje disponível em Kindle.
Durante aquele período, Bernardo trabalhava em dois romances. Terminado um deles, pediu a um amigo que o lesse e ambos concluíram que o livro não estava “pronto”; Bernardo o engavetou. Quando os protestos públicos contra ações do governo encheram as ruas do Brasil, ainda no ano de 2013, Bernardo participou de uma das manifestações na capital Belo Horizonte e presenciou violentos embates com a polícia, o que lhe deu material para mudar o rumo de seu outro romance, então intitulado A Fala do Imperador.
Após leitura crítica de amigos sobre o livro recém-escrito, Bernardo fez ajustes na trama, enviando, então, a nova versão para oito editoras. A Metanoia Editora, do Rio de Janeiro, aceitou publicar o romance, com investimento inicial do autor. Com novo título, O que disse o Imperador foi publicado em 2016.
Dois anos depois, em 2018, Bernardo lançou a novela Dona, fortemente influenciado por experiências vividas como imigrante nos Estados Unidos durante o intercâmbio.
Sua publicação seguinte foi a peça de teatro Debutante, de 2020, baseada em um conto sem título da coletânea Festa do multiartista Vitor Brauer. Bebendo na fonte de Samuel Becket, Bernardo adaptou a história para o formato de monológico, com o grande suporte e inspiração de sua irmã mais velha, Laura, e de sua irmã mais nova, Maria Tereza. O texto teatral foi lançado apenas virtualmente, de início, em decorrência da pandemia de COVID-19.
No ano seguinte, 2021, com a flexibilização das medidas de combate ao coronavírus, Bernardo pôde publicar a coletânea Debutante em formato físico, que conta com a peça teatral homônima, seguida do conto futurista “O Homem Folhado” e do ensaio filosófico “Eu te amo” — ambos sucessos de leitura no blog da Academia de Ciências e Letras de Sabará, onde tinham sido publicados anteriormente.
Em agosto de 2024, Bernardo lançou Canção Lógica: Primeira Temporada, o primeiro livro do Brasil e do mundo a se construído em formato de série de TV. Com cinco “episódios”, o romance mistura o gênero literário da prosa com roteiro de teledramaturgia, inspirado nas estratégias narrativas de grandes seriados como A Sete Palmos, The Affair, Big Little Lies e Succession.
Junto ao livro, foi lançada uma playlist no Spotify com as músicas “tocadas” durante os episódios. Canção Lógica é um sucesso de público, reunindo mais de 300 pessoas em seus lançamentos em Sabará e São Paulo Capital. Uma segunda temporada está em desenvolvimento.
Bernardo tem diversos contos e ensaios publicados em Kindle, assim como sua peça de teatro As Palmeiras que Queimam (2020) e sua sequência De Primeira Viagem (2022). Em Kindle Bernardo também publicou Father Against Mother, roteiro de cinema escrito em 2019 para o concurso estadunidense Pipeline Screenwriting Contest e que transporta o clássico conto de Machado de Assis “Pai Contra Mãe” para a Sabará do final do séc. XIX.
Bernardo Lopes foi aluno de diversas personalidades do meio artístico e intelectual mundial. Em 2014, estudou roteiro cinematográfico com o roteirista cubano Eliseo Altunaga, consultor de roteiro de filmes indicados ao Oscar, como Machuca (2004), No (2012) e Uma Mulher Fantástica (2018), que venceu na categoria Melhor Filme Estrangeiro naquele ano. Na FLIP de 2013, participou da oficina literária De cerca nadie es normal, ministrado pelo jornalista peruano Julio Villanueva Chang. Em 2023, participou das oficinas de escrita criativa Writing The Parent, com a escritora indo-americana Sarah Thankham Mathews, finalista do prêmio National Book Award de 2022, e O Riso & O Gozo, com a premiada escritora mineira Bruna Kalil Otero. Em 2024, aprofundou seus estudos em Machado de Assis com Pedro Bial, Camila Moraes e Sérgio Rodrigues, no curso Quem és tu, Capitu?
Bernardo também lecionou escrita criativa durante os meses junho e julho de 2024 na Borrachalioteca, biblioteca comunitária de Sabará, do Instituto Cultural Aníbal Machado.
Em meados de 2019, Bernardo Lopes foi convidado pelo Dr. Mário de Lima Guerra, proprietário e Reitor da Faculdade de Sabará, para presidir a Academia de Ciências e Letras de Sabará, instituição sem fins lucrativos a ser erigida até o final daquele ano.
Intelectuais das áreas das ciências, da educação e das artes foram convocados para compor a instituição, que Bernardo preside desde então. Gestor, editor-chefe do blog, a agente cultural em nome da Academia, Bernardo conduz as reuniões e desenvolve projetos para o público. Dois exemplos são os lançamentos de livros de autores estreantes da cidade ou residentes nela, e o Grupo de Leitura Machado de Assis, em que a obra machadiana é lida e discutida gratuitamente, com mediação de Bernardo.
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Além disso, Dona, Debutante e Canção Lógica já estão disponíveis em Kindle, além de contos, ensaios e as peças de teatro As Palmeiras Que Queimam e De Primeira Viagem, que ainda não pularam para as páginas de papel. É só clicar aqui para ver a lista exteeeensa que pode ser lida no seu leitor digital!
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